quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A GRANDE GLÓRIA DA IGREJA MILITANTE

      Os tempos atuais são de pacifismo eclesiástico. Quase todas as igrejas, em vez de opor-se ao erro, o toleram, e em muitos casos, o entronizam. Pouquíssimas igrejas afirmam que um erro doutrinário é pecado. A imoralidade flagrante e a injustiça social são vistas com maus olhos, porém, outras formas de mundaneidade andam livres entre os membros da igreja. Raras vezes disciplina eclesiástica é aplicada, e o exame de uma heresia tem sido relegado à Idade Média. As diferenças históricas entre as denominações são tidas como insignificantes e a união das igrejas está em moda. E quando os homens de integridade e valentia se esforçam para purificar a igreja, estes são prontamente expulsos como perturbadores da paz em Sião.
      Já é tempo da igreja se recordar que a militância pertence à sua própria essência. Quando uma igreja deixa de ser militante, deixa ao mesmo tempo de ser uma igreja de Jesus Cristo. A igreja aqui na terra é gloriosa, não apesar de sua militância, mas precisamente por ser militante.
      Uma igreja verdadeiramente militante opõe-se firmemente ao mundo, dentro e fora de suas paredes. Assim, sua militância prova que, embora esteja no mundo, não é do mundo. A militância da igreja manifesta a antítese entre os filhos de Deus e os filhos do diabo. Tal antítese é absoluta. É ativa também. Não é como a antítese que existe entre o branco e o negro, que é passiva, digamos, como no caso de um vestido, mas é uma que se assemelha à antítese que existe entre o fogo e a água, que estão em violento conflito. Sem dúvida, a igreja quer ver os homens e mulheres do mundo salvos e nunca perde de vista o fato de que a graça onipotente pode, num abrir e fechar de olhos, transformar um inimigo em amigo. Contudo, ainda que pareça paradoxal, ainda resta a verdade de que não só o mundo está em inimizade com a igreja, mas que também a igreja está em inimizade com o mundo.
      Colocando de forma positiva, a militância da igreja é prova de sua santidade.  Como a luz do mundo, ela não pode senão empenhar-se em dissipar a obscuridão do pecado. Como defensora da verdade, deve se manter zelo e firmemente vigilante da verdade de Deus contra qualquer erro. Assim, a militância chega a ser sinônimo de glória.
      Uma verdade que freqüentemente é ignorada é que a igreja militante é vitoriosa. Não somente vive na certeza de seu triunfo final, mas é vitoriosa aqui e agora. Como isso não quero dizer que seus membros chegaram à perfeição moral. Tampouco que alguns de seus membros estão livres de todo pecado conhecido, como o Movimento da Vida Vitoriosa quer que creiamos. Pelo contrário, cada um de seus membros deve confessar: "Todos tropeçamos em muitas coisas" (Tiago 3:2). Ainda assim, a igreja militante é vitoriosa numa forma muito real. Cristo, sua Cabeça, venceu para sempre Satanás e o mundo, o pecado e a morte; e Seu corpo, que é a igreja, participa de Sua vitória. Por isso o apóstolo Paulo, ao clamar em aborrecimento de si mesmo: "Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" imediatamente depois, numa explosão de regozijo e louvor, disse: "Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor!" (Romanos 7:24,25). Em sua tarefa de proclamar o evangelho, o mesmo apóstolo encontrou a maior oposição; ainda assim, ele se gloriou dizendo: "Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo..." (2 Coríntios 2:14). E o escritor de Hebreus quase identifica a igreja militante com a triunfante quando diz: "Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados" (Hebreus 12:22,23). Portanto, cantamos:
Com Deus aqui na terra,
Mantém a comunhão;
E com os já no céu,
Forma uma só união.
      Um dia a vitória da igreja militante será consumada. Ela se unirá com a igreja triunfante. Um anjo disse a João na ilha de Patmos: "Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro". E ele viu "a grande cidade, a santa Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, tendo a glória de Deus" (Apocalipse 21:9-11a). 

       Fonte: monergismo.com

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