sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Avivamento pela Palavra - 7ª Parte - Pregação expositiva e efeitos do avivamento



Continuação e última parte do estudo sobre "Avivamento pela Palavra".

5 – A grande necessidade da pregação expositiva. V. 8

“E leram o livro, na Lei de Deus, e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.”

Definição de pregação expositiva:
É aquela que se ocupa principalmente da exegese ou exposição completa de textos ou palavras das escrituras.

Características da pregação expositiva:
Essencialmente bíblico e se distingue pela sua reverência a verdade sagrada.
Exige mais preparação por parte do pregador.
Traz mais conhecimento tanto ao pregador, quanto aos ouvintes, que passam a amar a Palavra de Deus.
Foi método primitivo de pregação.
É o método mais apreciado por aqueles que se dedicam ao estudo da Palavra de Deus.
O texto explanado tem que star em harmonia com outros da Bíblia, formando um todo harmônico, procedente de Deus para seu povo. O texto não pode ser isolado de toda a Escritura.

Vantagens da pregação expositiva, por Hernandes Dias Lopes
1 – A pregação expositiva dá vida ao povo.
2 – A pregação expositiva encoraja o povo a estudar por si só a Palavra de Deus.
3 – A pregação expositiva tem um meio de ampliar os horizontes do indivíduo.
4 – A pregação expositiva oferece ao pregador uma congregação cada vez mais amadurecida. 

Alguns exemplos bíblicos de pregação expositiva

Jo 4. Jesus e a mulher samaritana.
At. 8. 30, 31, 35: “Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou que subisse e com ele se assentasse. v. 35:  “Então Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.”
At 7: Estevão começa falando de Abraão e faz um relato de toda a história de Israel até a chegada do Messias.
At 10. 34-48: Pedro na casa de Cornélio. Após sua pregação expositiva “caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a Palavra.”
At 13. 13- 52: Paulo e Barnabé na Sinagoga de Antioquia da Pisídia. Observe o poder da pregação expositiva, pois que no versículo 45 diz: “E, no sábado seguinte, ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a Palavra de Deus.”
At 18.11: Paulo em Corinto – “E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a Palavra de Deus.”
At 26.1-32: Paulo perante o rei Agripa. O resultado foi esta palavra do rei: v. 28 “Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão.”
At 20.7-11: Paulo em Trôade. Ele pregou e “alargou a prática até á meia noite” (v.7). Eutico, que estava na janela, parece pouco interessado com o sermão do apóstolo, a exemplo de muitos de nossos dias. Paulo abraça aquele jovem e pede calma aos presentes, visto que aquele jovem viveria. Ele para o culto? Não. Diz o versículo 11: “E, subindo, e partindo o pão, e comendo, ainda lhes falou largamente até a alvorada; e assim partiu.”

6 – A renovação que veio pela Palavra. Ne 8.9-12; 9.1-3,38; 10.28-39 

A – Quebrantamento espiritual. V.9c: “Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei.”
O choro produzido deve ser de arrependimento genuíno. Não pode ser apenas emocionalismo.
Existem alguns pseudos avivamentos, onde as pessoas choram, rodopiam, pulam, fazem os chamados “aviãozinhos”, deitam-se no chão como mortos durante vários minutos (senão o culto todo), dão risadas sem controle, uivam como leões, além de outras aberrações. Isto não passa de manifestações que se quer ultrapassam as portas do templo. É um "avivamento" efêmero.

Nosso culto deve ser racional (Hb 12.1). Veja: 

1 – Atinge o intelecto (8.8). A pregação é dirigida á mente, e apelar ao entendimento. (8.2,3,8,12)

2 – Atinge a emoção (8.9-12). Essa emoção manifestou-se de duas formas:
1ª) Choro pelo pecado (8.9). A Palavra de Deus produz arrependimento, quebrantamento e choro pelo pecado. Quanto mais você está perto de Deus, mais reconhece ser pecador. “O emocionalismo é inútil, mas a emoção produzida pelo entendimento é parte essencial do cristianismo.”
2ª) Alegria da restauração (8.10).  Essa alegria tem três aspectos importante:
- Origem divina: “ A alegria do Senhor” (v. 10). Não é uma alegria circunstancial, sentimental, momentânea.
- Conteúdo bendito. Deus não é apenas a origem, mas o conteúdo desta alegria.
- Efeito glorioso: “A alegria do Senhor é a nossa força” (v. 10). Quem sente esta alegria não olha para trás como a mulher de Ló. É essa alegria que faz com que o crente vá em frente, mesmo vivendo tribulações.

3 – Atinge a vontade (8.11,12).  
A -  (1) - O povo obedeceu á voz de Deus e deixou o choro e começou a regozijar-se (v.10,12). (2) – O povo tornou-se solidário ao próximo, enviando porções para que todos participassem da grande festa.
B – Gosto pela Palavra. V. 18
Fizeram a Festa dos Tabernáculos com duração de 07 dias e olhe o resultado:
v. 18: “E, de dia em dia, ele lia o livro da Lei de Deus, desde o primeiro dia até ao derradeiro; e celebraram a solenidade da festa sete dias e, no oitavo dia, a festa do encerramento, segundo o rito.”
C – Retorno aos bons costumes. Ne 9.1. Voltaram ao jejum.
D – Separaram-se “de todos os estranhos” (v. 2)
A igreja não pode se misturar com o mundo. Se quisermos viver um verdadeiro avivamento temos que tirar de nosso meio toda mistura.
1 João 2.15-16:  “Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.” (1 João 2.15-16)
E – Confissão de pecados. (9.2,3)
“... puseram-se em pé e fizeram confissão dos seus pecados e das iniqüidades de seus pais.”
1 Jo 1.7: “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”
1 Jo 1.8,9: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
F – Adoração genuína. V. 3
“... fizeram confissão; e adoraram o Senhor, seu Deus.”
Primeiro confessaram os pecados, depois adoraram. Tem muita gente querendo adorar, sem confessar.
G – Fizeram concerto de andarem na Lei do Senhor. (10.28-39)
- Todos aderiram a este concerto. V. 28; “... suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os sábios e os que tinham capacidade para entender...”

- O compromisso que o povo fez era de: (10.29)
1 – Andar na Lei.
2 – Guardar a Lei.
3 – Cumprir a Lei.

Conclusão: Não existe avivamento que não comece por um retorno ás Escrituras. As igrejas precisam com urgência retornar á leitura, meditação e viver de acordo com a Palavra de Deus. Todo movimento espiritual que não esteja pautado pela BÍBLIA deve ser analisado, e se não passar pelo crivo da Palavra, deve ser rejeitado.
“Avivamento é um estado espiritual no qual os crentes se chegam mais perto de Deus, arrependem-se e purificam-se de acordo com os padrões bíblicos de santidade, são cheios com o Espírito Santo, esperam e experimentam manifestações sobrenaturais e cooperam juntos para glorificar a Deus, edificam-se uns aos outros e evangelizam os perdidos para Jesus Cristo.”

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Avivamento pela Palavra - 6ª Parte - Reverência, louvor e adoração nos cultos



...continuação...

3 – A reverência nos cultos. V. 5

“E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs de pé.”
Salmos 89.7: “Deus deve ser em extremo tremendo na assembléia dos santos e grandemente reverenciado por todos os que o cercam.”
A – Reverência a Palavra – Infelizmente há alguns que nem mesmo trazem mais a Bíblia ao culto. Sente prazer nos louvores, nos testemunhos, em toda a programação da igreja, mas não na explanação da Palavra de Deus.
B – Reverência no culto ao Senhor. Tenho observado com muita tristeza o crescimento de uma grande irreverência nos cultos que prestamos ao Senhor. Infelizmente, é inegável que há reuniões pagãs onde há reverência a falsos deuses e as reuniões são conduzidas de modo ordeiro. O que será de nós, portanto, que nos reunimos para adorar o verdadeiro Deus?

Algumas das atitudes que observamos durante nossos cultos: 

- Atrasos injustificáveis
- Chegar ao culto e nem sequer dobrar os joelhos para orar, quando a prática antiga era chegar 30 minutos antes e orar até o início do culto.
- Excesso de idas aos banheiros, principalmente por crianças, jovens e adolescentes. Nossos cultos duram no máximo 02 horas e há pessoas chegam a ir ao banheiro 4 vezes, além de tomar água pelo menos umas 05 (cinco). Será que se estivesse em casa fariam o mesmo?
- Conversa paralela durante o culto. No mínimo é uma falta de educação com quem está ministrando ou louvando. Às vezes isso dificulta até mesmo o pregador na entrega da mensagem que Deus lhe deu para o povo. E Deus, o que será que pensa disto?
- Presença no momento dos louvores e abandono do templo no momento da Palavra.
- Músicos que só fazem “a sua parte” e abandonam a sua posição no restante do culto. Por várias vezes, durante a liturgia, você sente de Deus de louvar ao Senhor com um hino e ao procurar os músicos não os encontra onde deveriam estar.
- Há aqueles que “aproveitam” o momento do culto para resolverem assuntos administrativos.
- Um “culto” nos corredores e pátios da igreja, além de outro nos banheiros.

E ainda queremos um avivamento? Desta forma?

O que a Bíblia nos diz sobre a reverência ao Senhor:

Hc. 2.20: “Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra.”
Sl 89.7: “Deus deve ser em extremo tremendo na assembléia dos santos e grandemente reverenciado por todos os que o cercam.”
Lv 19:30: “Guardareis os meus sábados e o meu santuário reverenciareis. Eu Sou o Senhor.”
Hb 12.28: “Pelo que, tendo recebido um Reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e piedade.”
Ec 5.1,2: “Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal. Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; pelo que sejam poucas as tuas palavras.”

4 – Louvor e adoração nos cultos. V.6

E Esdras louvou o Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! – levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o Senhor, com o rosto em terra.”
A – A adoração em nossos dias está erroneamente ligada apenas à música.
B – O adorador não precisa ser necessariamente um músico, mas um crente que teme ao Senhor. Jonas 1.9: “Eu sou hebreu e temo ao Senhor...” – sou um hebreu adorador.
C – O adorador reconhece a sua pequenez e a grandeza de Deus.

Algumas definições:

Adoração:

 
É o produto do adorador; não combina com extravagância, mas é sempre reverente. Vejamos:
Gn 24.26: “Então, inclinou-se aquele varão, e adorou ao Senhor.”
Ex. 12.27c: “Então, o povo inclinou-se e adorou.”
Ex 34.8: “E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça á terra, e encurvou-se,”
2 Cr 20.18: “Então, Josafá se prostrou com o rosto em terra; e toda a Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando o Senhor.”
2 Cr 29.28,29: “E toda a congregação se prostrou quando cantavam o canto, e as trombetas tocavam; tudo isto até o holocausto se acabar. E, acabando de o oferecer, o rei e todos quantos com ele se acharam se prostraram e adoraram.”
Ne 8.6c: “...e inclinaram-se e adoraram o Senhor, com o rosto em terra.”
Mt 2.11: “E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram...”
1 Co 14.25: “Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente ente vós.”

Louvor:   

A - É a expressão, verbalização, exteriorização do que está em nosso coração.
Sl 57.7: “Preparado está o meu coração, ó Deus, preparado está o meu coração; cantarei e salmodiarei.”
B – Louvor não se limita ao cântico.
Sl 103.1,2: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu Santo Nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.”
1 Ts 5.23: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”

Cântico

É o meio de expressão do louvor; é o louvor com música.
Sl 149.1: “Louvai ao Senhor! Cantai ao Senhor um cântico novo e o seu louvor, na congregação dos santos.”
Sl 69.30: “Louvarei o nome de Deus com cântico e engrandecê-lo-ei com ação de graças.”
1 Co 14.26: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.”
Pode haver cântico sem louvor e adoração
Amós 5.23: “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos.”
Is. 29.13: “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído.”

Louvor e adoração não são show, nem baile gospel, e nem todo ritmo deve ser empregado na adoração no templo.

Referência bibliográfica: em "4 - louvor e adoração nos cultos" - Livro "Erros que os adoradores devem evitar" do Pr. Ciro Sanches Zibordi (recomendo a leitura desta obra para obreiros e todos que trabalham com equipes de louvor nas igrejas).

Continua....
Em breve os dois últimos tópicos do estudo.

Em Cristo, 
E. Samuel Eudóxio

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Avivamento pela Palavra - 5ª Parte - O grande avivamento de Neemias 8 - 10



APÓS O TÉRMINO DA OBRA, QUANDO TODAS AS BRECHAS DO MURO E AS PORTAS ESTAVAM RECONSTRUÍDAS, ACONTECEU UM GRANDE AVIVAMENTO

VEJAMOS:

1 – O povo se ajuntou para ouvir a Palavra de Deus. 8.1
A – A decisão partiu do povo. Eles se dispuseram a buscar a Palavra de Deus. Era Deus assoprando sobre o “vale dos ossos secos”. (Ez 37)
B – Era um movimento unânime: “como um só homem”.  Todos obedeceram ao chamado de Deus para o avivamento
C – Spurgeon disse “que a graça pode operar no coração do homem sem o esforço do pregador, mas esse sem a operação da graça não convencerá a ninguém”.
D – O povo estava sedento para ouvir a Palavra: “que trouxesse o livro da lei de Moisés”. Hoje, muitos não vêm á igreja em busca da Palavra, mas em busca de uma liturgia que melhor lhes agrade.
Outros vêm para ouvir um pregador ou cantor famoso, ao invés de comparecerem para o real propósito, que é de adorar a Deus e ouvir Sua Palavra.
E – Todos do povo queriam a Palavra: “assim de homens, como de mulheres e de todos os sábios para ouvirem”.  (v.2)
Homens, mulheres e crianças. Todos foram influenciados para comparecerem aquele grande culto. Precisamos influenciar a geração presente, para que as futuras sejam alicerçadas pela Palavra de Deus.
F – O povo tinha prazer em ouvir e ficou ali o tempo necessário: “desde a alva até ao meio-dia”. (v. 3)
Ficaram mais de 6 (seis) horas ouvindo a Palavra de Deus. Infelizmente em muitos cultos o tempo que se tem dedicado á Palavra de Deus não passa de 15 ou 20 minutos, enquanto dedica-se de 1 (uma) a 1:30 (uma hora e meia) á louvores (louvores?), testemunhos e outras programações. O tempo da Palavra não pode ser substituído em nossos cultos, senão nunca experimentaremos um verdadeiro avivamento.
G – Aquele povo reverenciava a Palavra: “e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da Lei.” (v. 3)
Há pessoas que acabando o período de louvor deixam o local de culto e não têm prazer em ouvir a Palavra de Deus. Eles ouviam com atenção. É impressionante o número de pessoas desatentas e que conversam durante a ministração da Palavra de Deus. Outros “aproveitam” esse momento para irem ao banheiro ou tratar de assuntos administrativos.
A sede por ouvir a Palavra é um grande sinal do verdadeiro avivamento! Um avivamento que não esteja baseado na Palavra e alicerçado Nela, não pode ser considerado um avivamento genuíno.

2 – O ministério de ensino e da pregação requer obreiros preparados. V. 4

A – Onde Esdras se posicionou para ensinar a Palavra? “estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim”

Antes de Esdras assumir a tribuna, ele tinha se preparado. 

Esdras 7.10: “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus direitos.” 

1º passo – “buscar a lei do Senhor” – o obreiro, pastor, pregador ou aquele que ensina tem que ter o compromisso de estudar a Palavra. Isso demanda tempo e dedicação. A fonte de inspiração do pregador nunca poderá deixar de ser a Palavra. Ele deve se debruçar sobre Ela e colocar-se como um eterno aluno. A fonte de nossas mensagens nunca poderão ser a internet ou outros meios. Podemos usar livros, dicionários e até mesmo a rede de computadores para auxiliar na pesquisa, mas nunca como forma de plagiar a mensagem. Esta deve vir de Deus, através de Sua Palavra.

Já ouvi muita gente dizendo: “de mim mesmo não tenho nada”. Penso que se não tem, melhor então é que se cale! A esses já ouço com desconfiança!

2º passo -  “e para a cumprir” – o pregador que primeiro não cumpre aquilo que fala, melhor é que não aborde o assunto. O pregador nunca pode ter aquele lema de que “faça o que eu lhe falo, mas não faça o que faço.”

3º passo – “e para ensinar” – se o pregador tem um testemunho de que vive a Palavra, além de estudá-la, ele tem autoridade para pregá-la.

Aquele que não se prepara, melhor é que fique “sob” o púlpito e não “sobre” ele.

B - O que a Bíblia diz sobre a preparação dos obreiros?

- Deve manejar bem a Palavra - 2 Tm 2.15: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”
- Deve ser apto para ensinar – 1 Tm 3.2: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”
- Deve conhecer,  seguir e pregar  a doutrina (não os costumes) – 2 Tm 3.10 – “Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, caridade, paciência,”
- Deve se preparar para o ensino – 2 Tm 4.2 – “que pregues a Palavra...” O pregador ou ensinador deve conhecer a Palavra que prega, senão vai se entregar ás “fábulas”. (v. 4)

No entanto, qual é o perfil dos pregadores da atualidade?

- Oram pouco, ou quase nada. Como esperar um avivamento?
- Lêem pouco a Palavra
- Se preocupam mais com o resultado imediato do que com os frutos que sua mensagem produzirá
- Querem um lugar na mídia gospel
- Fazem do púlpito uma forma de ganho. A gratidão agora é salário!
- Tem de 03 a 05 mensagens que pregam por onde passam. Dificilmente você suportaria vê-los pregar por várias vezes
- Investem muito no visual; se preocupam com a aparência, não que deva ser desleixado
- Tem boa oratória
- Usam técnicas de convencimento
- Técnicas de emocionar o público
- Mensagens sem conteúdo Bíblico. Pregam de tudo, menos a Cristo!
- Mensagens marqueteiras. Vendem seu “produto” (CDs, DVDs, livros, etc)

Por que os obreiros devem voltar á pregação genuína da Palavra e abandonar as inovações

As inovações passam, a Palavra permanece. 1 Pe 2.24,25

Ela é a Palavra de Deus – “Pelo que também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebeste, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes.”
 Ela é pura -"Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam."  (Pv 0:5)
Ela é valiosa - "Aceitai o meu ensino, e não a prata, e o conhecimento, antes do que o ouro escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que jóias, e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela."(Pv 8:10-11).
Ela é a verdade – “As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos teus justos juízos dura para sempre”(Sl 119:160).
Ela é eterna - "Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu" (Sl 119:89).
Ela é imutável - "A palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada"(1 Pe 1:25).
 Ela é profética - "porque nunca,  jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”(2 Pe 1:21).
Ela é perfeita e fiel - "A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos simples” (Sl 19:07).
Ela é Lâmpada – “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e Luz para o meu caminho”(Sl 119:105).
Ela purifica – “Como purificará o mancebo o seu caminho? Observando-o conforme a tua Palavra.” (Sl 119.9)
Ela lava – “para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,” (Ef 5.26)
Ela santifica – “porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.” (1 Tm 4.5)

C – Os levitas ensinavam ao povo. V. 7

Atos 8.30,31 - Filipe e o etíope: “E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.”

Continua...

Em Cristo,

Samuel Eudóxio