segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O milagre da regeneração


Jo 3.7; Tt 3.5.

            Regeneração no latim significa renascer, nascer de novo, gerar outra vez. Quem nasce neste mundo precisa nascer de novo, de um novo Pai, numa nova família, se quiser ter a vida eterna e se tornar um filho de Deus. Jo 3.7
O termo na Bíblia
 A palavra grega para regeneração é “palingenesia” encontra-se em Mateus 19.28 e em Tt 3.5 referindo-se á vida nova do cristão. Em Tiago 1.18 é empregada a palavra “apokue”, siginificando “conceber ou fazer nascer de novo”. Em Ef 2.10 aparece a expressão “Ktizo”, “criar”. O produto desta criação é uma nova “Kaine ktisis”, um novo homem. Em 1 Co 5.17 temos “Kainos anthropos” ou “um novo homem”, “uma nova criatura”.
Conversão e regeneração
             O ato de conversão requer uma ação humana. Deus não me converte, eu é que tenho que me converter. Joel 2.12,13. Jesus disse em Mateus 11.28, 29: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para vossas almas.” Só toma o jugo de Cristo, ou seja, a direção do evangelho, quem aceitou o primeiro convite do “vinde” e foi regenerado por Cristo.
            O ato de regeneração é uma obra criativa de Deus e por isso o homem permanece passivo por completo, não havendo lugar para a cooperação humana, o que não significa que o homem não coopera em etapas posteriores no trabalho da redenção. A obra criativa de Deus resulta em nova vida, mediante a qual o homem, vivificado em Cristo, participa da vida de ressurreição e pode ser chamado de nova criatura.
            Não nos cansamos de contemplar o milagre do nascimento, maravilhando-nos com o milagre de uma nova vida que vem ao mundo. Assim também há alegria nos céus, quando Deus opera o milagre do novo nascimento dum pecador.
- Lc 15.7: “Digo-vos que do mesmo jeito haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrrependimento.”
- Lc 15. 23,24: “Trazei o bezerro cevado, e matai-o. Comamos, e alegremo-nos. Pois este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.”

            1 - Falsas teorias acerca da regeneração

1.1 – A vontade humana como causa da regeneração.

Como já dissemos acima, o papel do homem é se converter, aceitar o convite para salvação, mas só Deus pode operar o novo nascimento. Jo 1.13: “filhos nascidos não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”
- Rm 8. 5,6,9.
V.5: “Os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.”
v.6:”A inclinação da carne é morte, mas a inclinação do Espírito é vida e paz.”
v.9: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é Dele.”
A carne sempre quer agradar a sua vontade. Somente aquele que é uma nova criatura em Deus consegue domar seus desejos, e isto só pelo Espírito Santo.

1.2 – A educação como forma de regeneração. 
               
Alguns crêem que a educação é a solução para os problemas religiosos, morais e intelectuais. No entanto, toda a educação não pode levar o homem além de sua condição de morte espiritual. A educação pode fazer milagres, mas não contém o poder para dar vida a um morto ou dar atividade á alma paralizada pelo pecado. Pela educação damos cultura aos homens, o capacitamos intelectualmente e até, quem sabe, moralmente para triunfar na vida deste mundo. A educação pode transformar. No entanto, o pecador necessita de uma nova criação e isso a educação não pode fazer. A educação pode levar o homem até certo ponto de seu desenvolvimento. O Espírito Santo de Deus, regenerando a alma, faz com que ela seja suscetível para desenvolver-se infinitamente, para vida eterna.
Razão e espírito: a razão é uma galinha, o espírito é um pato. Os dois vãos juntos em direção ao lago. Ao chegar à beira da água, a galinha para e o pato entra na água e nada livremente. Assim a razão não consegue acompanhar o espírito.

1.3 – O batismo como causa da regeneração.

A Igreja Católica Romana ensina que o batismo é a regeneração. Segundo eles a água não pode regenerar espiritualmente, mas o ato da obediência a Deus, submetendo-se o homem ao batismo pode regenerá-lo. Ensinam ainda que não há garantia para salvação e para regeneração para aqueles que não se batizam.
Na verdade, o batismo é o símbolo da regeneração. Inúmeros textos ensinam sobre a fé, sobre o Espírito Santo operando a regeneração. Todas as evidências do NT apresentam o batismo logo depois da remissão dos pecados e não como causa disso.
Um exemplo claro de alguém que não foi batizado, porém foi regenerado, é o “ladrão da cruz”, Lc 23. 42,43: “Então disse: Senhor lembra-te de mim quando entrares no teu reino. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.”
Alguns textos que evidenciam que não é o batismo que regenera: At 10.44-48; 11.12-14; 1 Co 4.15; Ef 5.26.

2. Como ocorre a regeneração no homem.

2.1. O Espírito Santo é o agente ativo no milagre da regeneração. Jo 3.5,6.
2.2. O meio usado na regeneração espiritual é a Palavra de Deus. 1 Pe 1.23; Hb 4.12; Rm 10.17.
2.3. A ressurreição de Jesus é a evidência do excelso poder de Deus que operou em nosso benefício, para nos trazer a salvação. 1 Pe 1.3.
2.4. O instrumento mediante o qual se realiza o novo nascimento é a fé em Jesus Cristo. Gl 3.26; Jo 1.12.
2.5. A base sobre a qual o novo nascimento se realiza é o sangue de Jesus. 1 Pe 1.17-19.

3. A regeneração segundo a Bíblia Sagrada

3.1. A regeneração é necessária para a salvação. Jo 3.7; 6.44;  Gl 5.6; Jr 13.23.
3.2. A regeneração é um nascimento. Jo 3.3; Rm 6.13; Ef 2.1; Tg 1.18; 1 Pe 1.23.
3.3. A regeneração é uma mudança operada no coração do homem. At 16.14; Mt 12.33-35; 15.19; Rm 6.17; Sl 51.10; Ez 11.19.
3.4. A regeneração é uma mudança instantânea. Jo 3.8
3.4. A regeneração é uma mudança operada por Deus. Jo 1.13; Ef 2.10; 1 Pe 1.3
3.5. A regeneração não é uma reforma, “é criar de novo, nascer de novo”. Jo 3.3-6.
3.6. A regeneração é uma geração espiritual. 2 Pe 1.4; 1 Jo 3.9; 4.7; Tg 1.18; 1 Pe 1.23
3.7. A regeneração é uma revivificação espiritual. Jo 5.21,25;  Ef 2.1,5,6.
3.8. A regeneração é uma trasladação espiritual. Cl 1.13; 1 Jo 3.14;  Jo 5.24.

4. Resultados da regeneração.

A regeneração não é gradativa, mas imediata. As manifestações da regeneração do homem é que se dão de forma gradativa.
            4.1. O homem torna-se uma nova criatura. 1 Co 5.17.
            4.2. O homem torna-se filho de Deus. Jo 1.12,13; Gl 3.26
            4.3. O homem torna-se habitação do Espírito Santo. 1 Co 3.16; 6.19; Rm 8.9-11.
            4.4. O homem é liberto da esfera e escravidão da carne. Rm 8.2,9,13.; Gl 5.16-26
            4.5. Uma fé viva em Cristo. 1 Jo 5.1
            4.6.  Vitória sobre o mundo. 1 Jo 5.4; 2.15-17;  Ap 3.4,5.
            4.7. Cessação da prática do pecado. 1 Jo 3.4-9
            4.8. Justiça como prática de vida. 1 Jo 2.29
            4.9. Amor aos irmãos. 1 Jo 3.14.

            Reflexões acerca da regeneração:

            “A regeneração ou o novo nascimento é o lado divino daquela mudança do coração, que, do ponto de vista humano, chamamos de conversão...Há dois aspectos na regeneração: no primeiro a alma é passiva; no segundo a alma é ativa. Deus consegue o primeiro exercício desta disposição em vista da verdade; nesta mudança a alma mesmo é ativa. Sem dúvida, essas duas partes da obra de Deus são simultâneas. Ao mesmo tempo em que Ele faz a alma ser sensível, Ele derrama sobre ele a luz da verdade e lhe induz o exercício da disposição santa que Ele lhe tem dado.” -  Strong
            “A interpretação moderna se inclina ao retorno do uso simbólico do conceito de regeneração. Nossas realidades éticas têm a ver muito com os caracteres transformados. A regeneração expressa assim uma mudança ética radical e vital, que é mais do que um princípio metafísico, completamente novo. A regeneração é um degrau vital no desenvolvimento natural da vida espiritual, um reajuste radical dos processos morais da vida.” – Youtz

            “Ser convertido, ser regenerado, receber a graça, experimentar a religião, adquirir segurança, são outras tantas frases que denotam o processo, gradual ou repentino, por meio do qual uma pessoa, que estava dividida, consciente de estar enganada, de ser inferior e infeliz, se converte numa personalidade unificada, conscientemente reta, superior e feliz como conseqüência de seu firme apego ás realidades religiosas.” - James

           
 Em Cristo, o Eterno,

Ev Samuel

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ministério Apostólico Moderno: tem base bíblica?


Características de um VERDADEIRO Apóstolo

A Bíblia nos diz quais as características dos VERDADEIROS Apóstolos. Vejamos quais são:

1. - Os apóstolos tinham de ser testemunhas daquilo que Jesus havia feito durante todo o tempo em que esteve em seu meio. Eles tinham de ser testemunhas pessoais de Sua morte e ressurreição

(É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, Começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição. Atos 1:21-22).

2. - Todos os apóstolos foram chamados diretamente por Jesus - tanto os doze como, posteriormente, Paulo.

 (E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos: Simão, ao qual também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; E Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor. Lucas 6:12-16;

Ler Atos 9
).

3. – O ministério apostólico foi especial e exclusivo para a fundação da Igreja de Jesus

 (E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.Atos 2:42;

Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito. Efésios 2:20-22
).

4. -  Os apóstolos tinham dons especiais para a realização de sinais e milagres destinados ao estabelecimento da Igreja de Jesus (Atos 5:12; 8:14-17). Por isso, Paulo disse na 2 Coríntios 12:12 que "os sinais do seu apostolado" foram apresentados por meio dele. Essa afirmação mostra que os sinais apostólicos eram especiais e não podem ser atribuídos a outras pessoas.

5. - A função apostólica nunca foi transmitida a outros. Mesmo tendo escolhido diáconos, obreiros e  presbíteros (Atos 14:23), os apóstolos nunca transferiram o seu ministério a alguém, porque ele é singular.

6. – Os doze apóstolos, todos de origem judaica, além do seu papel ligado à Igreja, também têm relação especial com o povo judeu. Um dia eles se assentarão com o Senhor em doze tronos e julgarão as doze tribos de Israel

(Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel.Lucas 22:30).

7. – Apocalipse 21:14 indica que nunca houve nem haverá mais de doze apóstolos: "E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro".

          Como os doze tronos e os doze fundamentos da cidade são limitados a esse número, não podemos aceitar mais apóstolos. De outra forma, seriam necessários tronos e fundamentos para todos os papas (e para todos os pseudos apóstolos que surgem a todo instante) que já existiram [quase 300].

          O fato do papa aceitar manifestações de exaltação por parte de seus subordinados, que se ajoelham diante dele e beijam o seu anel, também não corresponde ao caráter dos apóstolos, que não admitiam tais honrarias. Quando Cornélio, o centurião romano, prostrou-se aos pés de Pedro - de quem o papa se considera sucessor - o apóstolo o corrigiu: "E no dia imediato chegaram a Cesaréia. E Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos. E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem" (Atos 10:24-26).




          Como podemos perceber através da Bíblia:
- Não podemos aceitar "substitutos" para os Verdadeiros Apóstolos escolhidos pelo Senhor;

- Não podemos aceitar a exaltação de um homem como "representante" dos apóstolos;

- Não podemos aceitar essa novidade neo-pentecostal do "apostolado". Estas afirmações são mentirosas, pura balela e não merecem a mínima credibilidade.

Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; [I Timóteo 4:2 - Almeida Fiel e Corrigida]

EM Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo): [Romanos 9:1 - Almeida Fiel e Corrigida]

Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. [I Timóteo 6:5 - Almeida Fiel e Corrigida]

E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. [II Timóteo 3:8 - Almeida Fiel e Corrigida]

E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. [II Timóteo 4:4 - Almeida Fiel e Corrigida]

E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. [II Pedro 2:2 - Almeida Fiel e Corrigida]

Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro. [I João 4:6 - Almeida Fiel e Corrigida]



AS OPINIÕES E PRONUNCIAMENTOS SOBRE O MOVIMENTO APOSTÓLICO MODERNO

Que dizem os ministros, líderes e concílios sobre o Movimento Apostólico Moderno?

- Primeira Cume Latinoamericana das Assembléias de Deus, realizada do 12 a 16 de Setembro do 2005, sobre o Apostolado Moderno se pronunciou na parte IV. Em relação aos profetas e apóstolos, ponto 6, 7 e 8 diz: "O movimento apostólico contemporâneo se define em termos de poder e autoridade antropocêntrica e, portanto, não corresponde a uma verdadeira exegese do Novo Testamento. Não se deve criar uma elite de apóstolos, tais redes não correspondem ao modelo do Novo Testamento. A igreja deve ter em conta a advertência das Sagradas Escrituras em relação aos falsos apóstolos, portanto, tem de agudizar seu discernimento espiritual para identificá-los".

- A Igreja de Deus do Peru, num Congresso de Pastores, realizado de 12 a 14 de janeiro de 2006, fez uma Declaração sobre o Ministério Quíntuple, e nos pontos 4, 5, 6, 8 e 9, diz: "A Igreja de Deus do Peru recusa toda má interpretação da Palavra de Deus para a justificativa de modelos de liderança atuais mau denominados “apostólicos e proféticos”. A Igreja de Deus do Peru define o “Movimento Apostólico” moderno como um fenômeno sócio-cultural de natureza religiosa, antes que um movimento misiológico com princípios bíblicos. A Igreja de Deus do Peru crê que o denominado “movimento apostólico” propõe um entendimento do termo apóstolo que se contrapõe com nossa interpretação das Sagradas Escrituras. A identidade pentecostal da Igreja de Deus não admite como modelo de liderança o proposto pelo “Movimento Apostólico”."

- A Confederação de Igrejas Evangélicas Fundamentalistas do Peru (CIEF-Peru), num Congresso de Pastores realizado de 1 a 4 de fevereiro de 2006, sobre o apostolado moderno diz: "Que, Jesus chamou e ordenou somente a 12 apóstolos (Marcos 3:16-19); que, Judas, o traidor, foi substituído por Matías e ordenado pelos apóstolos, e nenhum outro mais, com a exceção de Paulo (Atos 1:26); que, Paulo foi chamado e ordenado por Jesu Cristo e não pelos homens, para ser o Apóstolo dos Gentios (Atos 9:15-17); e Bernabé foi mencionado como apóstolo, mas em outro sentido, como missionário, um enviado com uma mensagem, ou como um embaixador, mas não foi ordenado com os 13. Ele nunca se chamou a si mesmo: “Eu sou Apóstolo dos Gentios”, como Paulo falou (Atos 11:24; 9:27; 14:14).
Portanto resolve: Recomendar não usar ou praticar o conceito do Apostolado Moderno, porque não existe na Igreja hoje em dia. Quem se proclame como apóstolo gera confusão e não reúne os requisitos para ser um apóstolo, como o de ser testemunha ocular da crucifixão e ressurreição de Cristo; e Observar que é muito audaz para um pastor, ministro, ancião, mestre ou bispo receber e ser ordenado apóstolo e tomar este título tão alto. Para nós é uma ameaça atual para a Igreja fiel."

- As Assembléias de Deus dos Estados Unidos, em sua Declaração Oficial sobre apóstolos e profetas, adotada em 6 de agosto de 2001, pelo Concílio Geral das Assembléias de Deus dos Estados Unidos, diz: "Sendo que o Novo Testamento não provê instruções para a nomeação de futuros apóstolos, tais postos contemporâneos não são essenciais à saúde nem ao crescimento da igreja, nem a sua natureza apostólica.
As cartas pastorais não provêem informação a respeito da nomeação de apóstolos nem de profetas, e o livro dos Atos não indica que tal provisão fora dada nas igrejas estabelecidas nas viagens missionárias. Os apóstolos não nomearam nem apóstolos nem profetas, senão anciãos (Atos 14:23). Ao terminar as viagens missionárias, Paulo se reuniu com os anciãos da igreja de Éfeso (Atos 20:17-38). Claramente, aos anciãos também foi dada a função de bispos (“supervisores”) e pastores (Atos 20:28; 1 Pedro 5:2). Dentro das Assembléias de Deus, as pessoas não são reconhecidas pelo titulo de apóstolo ou profeta."

- As Assembléias de Deus da Venezuela, numa Convenção Nacional Extraordinária, realizada de 28 a 30 de julho de 2004, estudou as atuais correntes teológicas que estão na moda, entre elas, o Apostolado Moderno, e fixou uma posição. Em sua declaração, nos números 5, 6, 10 e 11 diz: "Que o conceito da unção “apostólica” não tem fundamentação bíblica; que a não utilização do termo “apóstolo” por parte da igreja durante muito tempo de sua história não anula o aspecto bíblico do mesmo; que não precisamos utilizar o título “apóstolo” para que o ministério esteja vigente na igreja contemporânea; que as Assembléias de Deus da Venezuela não emitirão credenciais de apóstolo, nem de nenhum outro ministério."

- Dr. Moisés Chávez (Peru), diz: “A inovadora doutrina da restauração do apostolado neotestamentario à vida e desenvolvimento da igreja na atualidade constitui, não um fato abortivo senão um fenômeno atrasado, uma seqüela da Teologia da Restauração. A “Teologia do Apostolado” pretende restaurar o ministério e a autoridade apostólica neotestamentária sobre bases derivadas da eiségesis de textos bíblicos. Não que a exegese lhe seja desconhecida; mas lhe pode resultar desvantajoso e aniquilante. Em outras palavras, por trás da Teologia “do Apostolado” há um feroz debate teológico com seu respectivo uso e abuso das Escrituras, o que é de rigor”.

- Pr. Presbiteriano Gustavo Mello Guimaraes (Uruguai), diz: "A pretendida “rede apostólica” com seus pseudoapóstolos, pretendem instaurar a curto prazo um “Papa do outro bando”, no total descaso desejam terminar com o termo Pastor, para substituí-lo por Apóstolo, com o fim de conseguir a meta de uma igreja mundial, para o propósito de alguns expertos. Nem ainda os chamados Pais da Igreja e os também chamados Doutores jamais se atreveram a utilizar tal grau de hierarquia, nem sequer Policarpo que fora instaurado em Esmirna pelo próprio São João. Estes sábios varões sobretudo eram humildes, coisa que falta hoje em dia naqueles que presumem tal hierarquia.
Tenham misericórdia de vocês mesmos, e não se deixem envolver por estes vilões cruéis que pervertem a sã doutrina, com suas nocivas e venenosas artimanhas."
- Dr. Ervin de León (EE.UU.), diz: "O movimento apostólico e profético do dia de hoje não é outra coisa que algo bem orquestado para tomar controle da igreja e é algo perigoso porque leva o assunto a extremos extrabiblicos.
Este movimento de apóstolos e profetas modernos está tomando o perigoso precedente que no passado tomou a Igreja Católica Romana, que afirma ter uma autoridade extra-bíblica para estabelecer doutrina através dos comunicados ex-cátedra dos papas. Isto é um precedente perigoso que pode abrir porta a muitas aberrações doutrinárias que neste caso poderiam justificar-se no marco das supostas revelações.
É um erro tratar de implantar hoje de novo o ofício do apóstolo e o profeta, à maneira que existiram no começo da igreja, os quais são insubstituíveis e ainda que estes já morreram e seu ofício terminou, não obstante o fundamento estabelecido por eles ainda está vigente e não se pode pôr outro fundamento sobre o mesmo.
Há uma base muito ampla para com firmeza recusar este movimento ‘apostólico-profético’ moderno que se levantou nos últimos anos, já que é antibiblico no sentido interpretativo."

- Teólogo Bautista Juan Stam (Costa Rica), diz: "Os modernos "apóstolos" de hoje tomam passagens onde o termo significa "missionário" mas o aplicam com outro sentido e querem atribuir-se os títulos e autoridade dos doze e de Paulo. A igreja católica faz algo parecido com sua "sucessão apostólica" através dos séculos. Segundo o Novo Testamento, os apóstolos não têm sucessores.
Para ser apóstolo no mesmo sentido que os doze e Paulo, era requisito indispensável ter sido testemunha ocular e presencial do ministério de Jesus (Atos 1:21-22; cf. 1 Jo. 1:1-4) e de sua ressurreição (At.10:40-42; 1Co 15). Tal coisa seria impossível depois de morrer os contemporâneos de Jesus. Toda a evidência bíblica deixa muito claro que para ser apóstolo, o candidato tinha que ser alguém do primeiro século. Ninguém depois do primeiro século poderia ter sido testemunha presencial do ministério de Jesus e de sua ressurreição. Esse requisito desqualifica de antemão a todos esses "apóstolos" de nossos tempos modernos.
Na Bíblia não aparece nenhuma sucessão de apóstolos. A verdade é que esse título é usado pos pastores ou líderes que têm sede de poder e dinheiro."

- Pr. Miguel Rosell Carrillo (Espanha),  enfatiza: “Quando morreram os apóstolos mencionados (os apóstolos de Cristo), terminou-se para sempre o titulo e ofício de apóstolo. A razão é óbvia. Só eles foram testemunhas presenciais de Cristo desde o início de seu ministério até sua morte, ressurreição e posterior ascensão aos céus. Só a eles se lhes atribuiu a tarefa de ser receptores e primeiros divulgadores da Palavra, contida na parte bíblica que chamamos Novo Testamento. Uma vez que João escreveu o Apocalipse, ali se fechou o cânon bíblico, e acabou seu ministério irrepetível”.

 fonte: www.cpr.org.br


 Infelizmente temos o desprazer de contemplar até mesmo pessoas de nosso convívio inovando e intitulando-se "apóstolo". Fui ensinado conforme o texto acima e não posso abrir mão dos princípios bíblicos em nome de inovações doutrinárias ou vaidades humanas. Vamos ficar com a Palavra de Deus. 

Em Cristo ,

Ev. Samuel Eudóxio